Contrapondo esse pensamento temos a filosofia de Leibniz (filósofo e matemático alemão 1646-1716) que era muito inteligente também, ele foi o criador do cálculo infinitesimal, um cálculo muito difícil na matemática. Ele era uma grande mente, dizia que este é o melhor dos mundos possíveis. Aí Schopenhauer disse para ele visitar os leprosários, os hospitais, manicômios, para ver se realmente esse era o melhor dos mundos possíveis. Mas ainda assim Leibniz acreditava que mesmo com a dor, esse ainda é o melhor dos mundos possíveis.
Então a gente fica meio em cima do muro, porque olhando a natureza, as coisas simples da vida, os prazeres simples, o amor, a amizade, esse mundo não parece tão cruel como Schopenhauer diz. Na verdade existe realmente uma razão tanto para Leibniz quanto para Schopenhauer, a gente não pode é ser extremista.
Os dois falam de uma mesma realidade, vista por um de uma forma otimista e por outro de uma forma pessimista. Mas eu tenho a tendência natural de ser mais pessimista, quer dizer que dou mais razão para Schopenhauer do que para Leibniz , acho que por eu ter visto tanta loucura quanto eu já vi em sanatórios, tanto sofrimento, colegas meus que suicidaram, amigos que casaram e abandonaram mulher e filhos, e hoje são descrentes de viver uma vida em comum com a família, acham que é ruim, que a liberdade é melhor.
Casamento
Eu não posso falar do casamento porque eu nunca me casei, mas eu tiro proveito da experiência dos meus amigos, eles são um pouco frustrados com relação ao casamento, criação de filhos, convivência diária com uma mulher, as necessidades de um lar, o sacrifício que se tem que fazer até o final da vida em prol de uma família.
Por isso eu ainda acho que viver sem compromisso é melhor. Na minha maneira de viver, mesmo com as dores que eu passo eu me considero livre, porque eu não tenho responsabilidades, e tenho de onde tirar meus sustento, dado pela família.