BIRDWATCHERS DINAMARQUESES EM BUSCA DO PATO-MERGULHÃO
No início deste mês de julho estive guiando um grupo de birdwatchers dinamarqueses que percorre o Brasil contabilizando novos registros ornitológicos para suas life-lists.

Depois de visitarem destinos consagrados no Rio de Janeiro, Pantanal, Amazonas e o Parque Intervales no Estado de São Paulo, o grupo chegou à Canastra com um objetivo bem definido: ver o pato-mergulhão (Mergus octosetaceus).

Não seria uma tarefa fácil, nesta época o pato está nidificando e seus hábitos tornam-se ainda mais reclusos. As baixas temperaturas e os frequentes nevoeiros característicos do mês de julho também contribuem para deixar os bichos em geral menos ativos.

No entanto, graças aos conhecimentos que temos adquirido sobre os hábitos e o comportamento desta espécie, conseguimos encontrar um casal em uma gélida manhã, enquanto se aqueciam com os primeiros raios de sol que iluminavam as águas cristalinas do rio São Francisco.

Mad, Tina, Erik e Birth puderam contemplar, por mais de 20 minutos, o casal de pato-mergulhão que alternava momentos de nado tranquilo nas águas frias, com períodos de descanso ao sol sobre as pedras espalhadas ao longo do rio.

O grupo realizou ótimas fotografias, tendo a certeza de estarem compartilhando de um momento raro e mágico.



Erik, Birth, Alessandro, Tina e Mad. Galera feliz depois de avistar e registrar o Mergus octosetaceus.
Como eu não trazia a teleobjetiva, concentrei-me em contemplar a cena, e fiz apenas alguns registros com a lente grande angular (55mm).

Casal de patos-mergulhões (Mergus octosetaceus).
Nesse ano, algumas partes do parque sofreram queimadas controladas, o que facilitou a observação de mamíferos como o veado-campeiro, que costuma procurar essas áreas para se alimentar.

Outros destaques da viagem foram o papa-moscas-do-campo (Culicivora caudacuta), galito (Alectrurus tricolor), tapaculo-de-brasília (Scytalopus novacapitalis), Caminheiro-zumbidor (Anthus lutescens), lobo-guará e tamanduá-bandeira.